Iphan: encontro dos rios Negro e Solimões é tombado
Agência Estado
Publicação: 04/11/2010 18:44 Atualização: 04/11/2010 18:50
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou nesta quinta-feira o tombamento do Monumento aos Mortos da 2ª Guerra Mundial, no Rio de Janeiro, e o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, no Amazonas.
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Rio Negro-AM sobe 17 centímetros desde domingo Iphan tomba provisoriamente encontro das águas dos rios Negro e Solimões A decisão foi tomada pelo Conselho Consultivo do instituto, que é formado por 22 integrantes além do presidente, Luiz Fernando de Almeida. Fazem parte do conselho integrantes do Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e da sociedade civil.
Encontro das águas
Segundo a decisão, ficam protegidos os dez quilômetros contínuos do encontro das águas pretas do rio Negro e das barrentas do Solimões, além de trinta quilômetros quadrados em seu entorno. O fenômeno forma o rio Amazonas.
A empresa que estava construindo o Porto das Lajes, projeto orçado em R$ 22 milhões a 2,4 quilômetros do fenômeno, entrou com questionamentos ao tombamento, mas as impugnações foram rejeitadas. A obra está parada desde junho, por falta de licenciamento ambiental do órgão estadual. O tombamento, contudo não inviabiliza a obra, mas faz com que qualquer construção na área tombada seja obrigatoriamente autorizada pelo Iphan, além do já necessário aval de órgãos ambientais.
Conforme o texto do tombamento, "toda nova intervenção que possa interferir nos valores arqueológicos, etnográficos e paisagísticos do bem deverão passar pela avaliação prévia do Iphan". A área delimitada pelo tombamento abrange a Ilha de Xiborena, a comunidade Terra Nova, além dos bairros Mauazinho e Colônia Antonio Aleixo, o Lago do Aleixo e matas próximas.
Serão avaliadas na próxima sexta-feira as propostas de tombamento do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, que envolve 22 etnias indígenas do Rio Negro, o ritual Yaokwa do povo indígena Enawene Nawe, no Mato Grosso, e a paisagem natural de Santa Tereza, no Rio Grande do Sul.
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