quinta-feira, 25 de novembro de 2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Novas esfinges são achadas em avenida que unia templos de Luxor e Karnak

Doze novas estátuas foram encontradas em caminho usado para procissões religiosas e datam do do século IV a.C

Uma equipe de arqueólogos descobriu 12 novas esfinges, estátuas com corpo de leão e cabeça humana de carneiro, na antiga avenida que unia os templos faraônicos de Luxor e Karnak, a 600 quilômetros ao sul do Cairo.

Segundo um comunicado do Conselho Supremo de Antiguidades estas esculturas datam da época do último rei da 30ª dinastia (380-343 a.C). A avenida, ladeada por uma dupla fila de esfinges que representavam o deus Amon, tem cerca de 2.700 metros de comprimento e 70 de largura e foi construída por Amenhotep III (1410-1372 a.C) e restaurada, posteriormente, por Nectanebo I (380-362 a.C.). Por outro lado, os arqueólogos descobriram também um novo caminho que une a avenida onde foram achadas as estátuas, com o rio Nilo.

A nota explica que, até o momento, só foram desenterrados 20 metros dos 600 que compõem o novo caminho, e que continuam as escavações para descobrir o resto deste trajeto, construído com pedra de arenito, um sinal da importância que tinha em seu tempo, esclarece o comunicado.

O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Zahi Hawass, explicou que o caminho achado era o que se utilizava para transferir em procissão a imagem do deus Amon em sua viagem anual ao templo de Luxor. Além disso, esta via era utilizada pelo rei quando participava de cerimônias religiosas, segundo Hawass.

fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/novas+esfinges+sao+achadas+em+avenida+que+unia+templos+de+luxor+e+karnak/n1237827317954.html

Escultura do século 17 estava 'camuflada' em Itu-SP

Uma imagem de terracota representando Nossa Senhora da Conceição, descoberta em Itu (SP), pode confirmar a tese de que a cidade paulista foi o berço do barroco sacro brasileiro. A escultura, de 40 cm de altura, estava camuflada por camadas de tinta que escondiam os traços originais. A peça, de mais de 300 anos, proveniente de um oratório particular, foi doada à Secretaria da Cultura da cidade e era apresentada como se fosse do século 19.

O pesquisador Marcelo Galvão de Souza Lima precisou raspar as camadas para encontrar a pintura original. Segundo ele, é muito provável que a escultura seja de Frei Agostinho de Jesus, monge da Ordem de São Bento, que teria mantido no Estado de São Paulo a primeira escola brasileira de arte sacra. Nascido no Rio de Janeiro, o religioso viveu em Itu e morreu em São Paulo, em 1661. Estudiosos acreditam que a obra do beneditino serviu de inspiração para o mestre do barroco mineiro, Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, que viveu mais de um século depois.

De acordo com o pesquisador, as repinturas desfiguraram a imagem, escondendo os chamados estilemas - características pessoais de cada artista. "Quando observei melhor, percebi que não era uma escultura comum", disse Lima. Autorizado pela secretaria, ele fez a raspagem de um detalhe da peça - um dos anjinhos que acompanham Nossa Senhora - e chegou às características originais. "A tinta acabou servindo como uma camuflagem e talvez tenha evitado que a peça fosse para uma coleção particular ou para o exterior", falou.

Segundo ele, o autor usou o barro escuro da região, rico em matéria orgânica que, diferentemente do barro vermelho, rico em minerais, não exige um processo longo de queima. A matéria prima é a mesma usada pelos índios para produzir material cerâmico, como as urnas mortuárias. Imagens de santos produzidas em Itu nesse período foram levadas para igrejas de Minas Gerais. "Como lá havia ouro, as igrejas tinham recursos para importar imagens de outras regiões", explica o pesquisador, que resgatou em Ouro Preto imagem em terracota de Nossa Senhora da Conceição de autoria também atribuída a Frei Agostinho. "É uma peça menor, mas com os mesmos estilemas".

A prefeitura de Itu vai pedir o apoio do Museu Paulista, da Universidade de São Paulo (USP), para definir a antiguidade da escultura. Lima acredita que a obra foi feita por volta de 1640. Ele pretende organizar em Itu uma exposição das obras já conhecidas de Frei Agostinho. Algumas delas, pertencentes à coleção do juiz de Direito Ary Casagrande Filho, estiveram expostas pela primeira vez este ano no Palácio da Justiça, em São Paulo. "São peças de 1635 a 1660 e mostram que o movimento barroco, trazido pelos religiosos portugueses, se manifestou inicialmente na região de Itu, Sorocaba e Santana de Parnaíba, tendo seu apogeu em Minas, já no século 18, com Aleijadinho", explicou.

fonte: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=4954212359428558815
Ervas derrubam preconceitosAções terapêuticas de espécies medicinais já são reconhecidas pelo Ministério da Saúde, universidades e órgãos públicos Texto: Suely Gonçalves
Há 5 mil anos o homem usa as plantas para curar os males do corpo e da alma. Em um documento datado de 2.700 a.C estão organizadas 365 ervas medicinais, com suas ações terapêuticas. Hoje, o setor já movimenta mundialmente 520 milhões de dólares e se expande a um ritmo de 7% ao ano. Diante desses fatos, a ciência está deixando de lado o preconceito e esmiuçando esses estudos antigos. Afinal, há um consenso entre os estudiosos de que a busca por um estilo de vida mais saudável inclui o uso de medicamentos menos agressivos.
A Unifesp - Universidade Federal de São Paulo, por exemplo, ministra um curso para médicos interessados em conhecer os segredos da fitoterapia. A primeira turma reuniu 30 doutores, que saíram de lá dispostos a integrar as plantas com comporvada eficácia ao tratamento de pacientes, desde que compravocada sua eficácia. A universidade preparou um manual que lista cerca de 80 plantas com seu princípio ativo, a dose recomendada e os efeitos colaterais. É a chamada fitomedicina, que junta o conhecimento empírico ao científico.
O Ministério da Saúde, por sua vez, instituiu no ano passado o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterapêuticas dentro do SUS - Sistema Único de Saúde, com orçamento de 893 milhões de reais. Na verdade, desde 2007 o SUS fornece medicamentos fitoterápicos para 12 estados. "O programa é um instrumento de geração de renda, de desenvolvimento local e estruturação da cadeia produtiva por mobilizar desde o cultivo da semente até a produção do fitoterápico", analisa José Miguel do Nascimento Júnior, diretor do departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde. Ele acentua que o custo médio para o desenvolvimento de um medicamento sintético gira em torno de 400 milhões de dólares. Quando se trata de um remédio à base de plantas esse preço cai para cerca de 100 mil dólares.
O IBPM - Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais também já traçou seus objetivos e um deles é o intercâmbio e integração entre pesquisadores, tecnólogos, produtores e instituições que atuam na área. A experiência nesse setor atesta que são os pequenos que apresentam perfil adequado para cultivar plantas medicinais, porque são orgânicos na sua essência. Além disso, não fazendo cultivo em larga escala, promovem diferentes plantios numa mesma área como forma de proteger as espécies das pragas.
Hoje em dia, os quintais das casas simples onde vivem os habitantes das comunidades rurais estão sendo consideradas "sistemas agroflorestais domésticos". Eles se transformaram em objetos da etnobotânica, um ramo da biologia que investiga os conhecimentos de comunidades tradicionais (índios, caboclos, ribeirinhos, seringueiros, pequenos produtores rurais etc.) e procura empregar esses conhecimentos para solucionar problemas comunitários ou para fins conservacionistas. Trocando em miúdos, é a ciência aprendendo com a tradição e se beneficiando dela e vice-versa.
Como a etnobotânica é um grande auxiliar para a conservação do meio ambiente, ela tem interessado cada vez mais a juventude universitária. Três alunas da UFF - Universidade Federal Fluminense, Ana Mayumi Tamashiro, Mariana Martins Quinteiro e Moemy Gomes Moraes desenvolveram um trabalho junto a uma comunidade de Visconde de Mauá, RJ, baseado na utilização dos seus recursos naturais para fins medicinais e alimentares. Aliadas aos moradores, elas buscaram soluções capazes de gerar rendimentos de forma sustentável, sem agredir o meio ambiente. "É imprescindível ouvir essas pessoas para planejar estratégia. Temos muito o que aprender com elas", afirma Ana Mayumi. "É a ciência rompendo com o velho preconceito de que o uso de ervas é coisa de pobre", completa Mariana Quinteiro.
O Ceará acordou para essa realidade faz tempo, com a criação da Farmácia Viva. Hoje, o Núcleo de Fitoterapia da Secretaria de Saúde do estado é o principal responsável pelo abastecimento de fitoterápicos, disseminando a técnica para todos os municípios. Remédios como o xarope de chambá e o sabonete de alecrim-pimenta são produtos que já fazem parte das farmacinhas domésticas. Para amparar o projeto Farmácia Viva foram criadas hortas de plantas medicinais comunitárias. A Universidade Federal do Ceará desenvolveu pesquisas com inúmeras plantas com potencial medicinal no semiárido brasileiro. Resultado: 25 dessas espécies foram recomendadas pelo SUS. A Embrapa Agroindústria Tropical instalou em Fortaleza um horto de plantas medicinais contendo materiais genéticos para o desenvolvimento de pesquisas. "Essas ações tornam o Ceará referência em desenvolvimento de Fitoterápicos", orgulha-se Cássia Alves Pereira, engenheira agrônoma da Embrapa.
O Brasil deve muito a essas corajosas iniciativas. Mas é bom ficar atento ao relatório produzido por Weber Amaral, da USP - Universidade de São Paulo, e João Matos, da Beraca Brasmazon, Indústria de Oleaginosas e Produtos da Amazônia. "Os produtos oriundos da biodiversidade geralmente são coletados de forma extrativista ou possuem produção sazonal, são heterogêneos sob o ponto de vista da qualidade e possuem baixo valor agregado. Além disso, os grupos de pequenos agricultores nem sempre são capacitados para redigir ou entender contratos para a prestação de serviço para fornecedores de seus produtos a terceiros", dizem. E desatar esse cipoal de problemas é um desafio e tanto.
Revista Globo rural

Acenda Fogueira

Acenda a fogueiraÉ tempo das festas que homenageiam santos como São João, enchendo de cor e música as cidades do interior de Pernambuco e de todo o Nordeste Paulo OliveiraFotos: Beto Figueiroa/JC Imagem; Bernardo Soares; Alexandre Belem/JC Imagem
É início da manhã do dia 19 de março e os agricultores do Nordeste se apressam em sair de casa e observar o tempo, procurando algum sinal de chuva. Reza a tradição que, se for plantado nessa data, dia de São José, e houver chuva, não faltará milho em uma das festas mais esperadas pelo sertanejo, a de São João. Festa rica, com fartura de comida e bebida, fogos e fogueiras, e em tradições seculares, o ciclo junino é um dos mais cultuados pela população nordestina, seja nas grandes cidades ou nos sítios escondidos do interior.
No dia primeiro de junho, a dona-de-casa Maria Elisabete de Souza desfraldou a bandeira de São João e a pendurou na sala. Agora espera a chegada da noite do dia 23 para repassar a bandeira pintada à mão para outro morador do centro histórico da cidade de Igarassu, Litoral Norte de Pernambuco, que ficará responsável por guardar o pedaço de tecido até a próxima festa junina. 'Este é o ponto alto da festa, que começa realmente na véspera do dia de Santo Antônio, dia 12. É quando ele entrega a festa para São João (no dia 24), que entrega para São Pedro (dia 29), que, por sua vez, entrega a festa para Santana, mãe da Virgem Maria (29 de julho)', afirma Olga Santa Batista, 65 anos.
Quadrilha, comes, bebes, alegria: a festa do sertanejo
Herdeira de tradições seculares, ela é a mantenedora da festa do estandarte de São João. Para a festa, troncos de coqueiro são cortados para a montagem da palhoça onde a população do bairro em que mora se reúne para o coco de roda, dança popular acompanhada de cantos, logo após a entrega da bandeira para o próximo guardião. A disputa é grande. Segundo a população, quem recebe a bandeira em casa tem garantido um ano de fartura, 'sem nenhum tipo de aperreio'. Na véspera de São João é realizada uma procissão, onde loas e louvores em homenagem ao santo são cantados em voz alta. Os donos da casa que vão passar a bandeira para a próxima guarida oferecem aos participantes uma mesa farta em comida e bebida. Só após o cortejo segue o caminho até a próxima residência que terá a honra de guardar o estandarte até o ano seguinte.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Apartamento de John Lennon é tombado




O Apartamento londrino em que John Lennon morou com Yoko Ono foi tombado e é agora considerado patrimônio histórico. Localizado na Montagu Place, número 34, o apartamento tem agora uma placa azul indicando que é patrimônio cultural inglês.

A placa foi inaugurada por Yoko Ono, viúva de John, no último sábado, 23. Ono disse estar muito honrada que John Lennon fosse homenageado assim.

“Este apartamento guarda muitas memórias para mim e é uma parte muito interessante da nossa história. No que seria o aniversário de 70 anos dele, agradeço todos vocês por celebrar John e esta parte, em particular, de sua vida londrina, de onde nasceu tanto de sua ótima música e ótima arte”, disse Yoko.

Além de John Lennon, o apartamento também já foi habitado por Jimi Hendrix, Paul McCartney e Ringo Starr.

Padres italianos usam iPhone para tocar sinos de igrejas





Uma igreja de uma pequena cidade do norte da Itália está realizando uma revolução tecnológica na forma utilizada para tocar os sinos, segundo a BBC. A cidade de Chiari é famosa pela restauração altamente qualificada de sinos, e muitos dos 20 mil moradores têm um histórico familiar no artesanato de sinos.

Os irmãos Luca e Giacomo Rubagotti, não são exceção. “Estamos fazendo este trabalho para sempre. Somos artesãos”, dizem. Carlos, o pai deles, aprendeu o ofício na antiga fábrica de sinos do povoado, tornando-se um dos primeiros a tentar construir sinos motorizados.

Hoje, muitos sinos são controlados por sistemas elétricos que podem ser programados para que repiquem em certos momentos e em inúmeras ocasiões.

Uma dádiva de Deus

Os irmãos Rubagotti herdaram de seu pai a paixão pela inovação. Mas mesmo dentro do mundo das tradições antigas, eles também pretendem expandir as fronteiras, e é aí que seu amigo de infância Giorgio Campiotti passou a desempenhar um papel essencial.

Giorgio é um perito em informática e foi capaz de pôr em prática a visão dos irmãos Rubagotti criando um programa que permite aos sacerdotes operar os sinos da igreja a distância, o que significa não precisam estar fisicamente dentro da igreja.

Agora, os sacerdotes podem tocar os sinos através de um aplicativo em seus smartphones. Eles estão longe dos dias em que, em cada torre de cada igreja, vivia uma pessoa encarregada de tocar os sinos a cada hora.

E agora que o número de padres diminuiu na Itália, Giorgio diz ser capaz de operar várias igrejas ao mesmo tempo é uma “dádiva de Deus”. “Há cada vez menos padres na Itália, e eles têm que administrar e cuidar de mais igrejas, duas ou três, pelo menos. Assim, um sistema remoto pode ajudar um padre que tem que estar em dois ou três lugares ao mesmo tempo”, afirma.

100% automática

O aplicativo contém centenas de combinações diferentes, o que facilita o trabalho do sacerdote, que pode escolher como deseja que os sinos toquem.

Silvano é um sacristão que se aproveitou da ideia e usa o aplicativo para gerenciar seus sinos. “Os diferentes tons estão prontos. Indo para a biblioteca de sons você pode escolher um diferente. Eu só tenho que selecionar o que eu quero, apertar o play e começar a música. O sistema é 100% automático. Posso agendar um ano e os sinos tocam sozinhos”, afirma.

Embora a igreja não seja o lugar onde naturalmente se espere encontrar pessoas no topo da inovação tecnológica, os irmãos Rubagotti estão agradavelmente surpreendidos com a adesão dos sacerdotes.

“Os padres estão muito atraídos por esta nova tecnologia e pelo sistema digital. Um padre amigo meu tem três telefones: iPhone, Blackberry e Nokia. Ele gosta da tecnologia”, disse Giacomo.

E enquanto alguns setores da comunidade religiosa se surpreendem com a rotina tradicional de puxar as cordas do sino, Giacomo diz que sem a sua tecnologia o som dos sinos da igreja seria ouvido cada vez menos.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Convenção da Diversidade Cultural

É uma bebê ainda, esta Convenção!

Unesco comemora 5 anos da Convenção da Diversidade Cultural
Leonardo Brant | terça-feira, 2 novembro 2010Sem Comentários

A Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade foi adotada em 2005 pela 33 ª Conferência Geral e entrou em vigor em 2007. A velocidade com que foi aprovado e entrou em vigor tem sido considerada uma conquista extraordinária, que mostrou o empenho político dos governos ao redor do mundo e sua vontade de agir imediatamente.

A UNESCO comemora os 5 anos da Convenção com o lançamento do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural (FIDC), formado por diferentes doadores e regulamentado pelo artigo 18 da Convenção de 2005. Embora conte com um volume de recursos muito aquém do esperado (menos de U$ 3 milhões), a organização optou por lançar o fundo e já conta com mais de 270 projetos apresentados.

O objetivo do Fundo é promover o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza nos países em desenvolvimento que são partes da Convenção, através do apoio a projetos e atividades destinadas a promover a criação de um setor cultural dinâmico.

Através de um processo anual de candidaturas, o Fundo irá fornecer recursos para:

1. Programas/projetos que visam a:
- Facilitar a implementação de políticas culturais que protejam e promovam a diversidade das expressões culturais e, eventualmente, fortalecer a infra-estrutura institucional necessária;
- Oferecer oportunidades de treinamento;
- Fortalecimento das indústrias culturais;
- Fomentar o surgimento de novas indústrias culturais;
- Proteger as expressões culturais em perigo, ameaçados, ou na necessidade de salvaguarda urgente.

2. Atividades de assistência preparatória para ajudar a identificar as necessidades especiais dos países em desenvolvimento que são Partes da Convenção e de atendimento específicos para preparar os seus pedidos de financiamento. Isso pode incluir, por exemplo, participar em consultas com as partes interessadas, a realização de exercícios de mapeamento, pesquisa e/ou análise da situação.

Saiba como apresentar projetos ao fundo clicando aqui.

Outro elemento importante relacionado à Convenção é a ratificação de 116 países, que aguardam a elaboração de orientações práticas que devem nortear a implementação da Convenção, em fase de conclusão pela UNESCO.

Plano Nacional de Cultura

É sempre bom lembrar que as discussões sobre patrimônio cultural inserem-se no contexto dos debates sobre cultura e política cultural!

O que muda com a aprovação do Plano Nacional de Cultura?

Alberto Benfica | quarta-feira, 10 novembro 2010Sem Comentários

Imediatamente após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionar a lei que institui o Plano Nacional de Cultura (PNC), aprovado nesta terça-feira (9), por unanimidade, pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, o Ministério da Cultura (MinC) terá 180 dias para estabelecer metas para implementar de seus objetivos. Nesse mesmo prazo, deverá criar o Conselho e a coordenação-executiva do Plano. Com a promulgação do PNC, o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC) será a principal ferramenta de acompanhamento metas estipuladas pelo MinC.

O SNIIC já está em desenvolvimento tecnológico e consistirá em uma ampla base de dados e indicadores culturais, que vai abranger informações sobre equipamentos culturais, grupos artísticos, órgãos gestores da cultura, conselhos municipais, editais, economia da cultura, estudos e pesquisas sobre o setor cultural, entre outros. Será uma plataforma essencial ao compartilhamento de informações da cultura entre o setor privado e os governos federal, estadual e municipal. O Sistema também vai gerar indicadores da gestão pública, permitindo o conhecimento e a interação da sociedade civil com as ações e políticas.

O PNC traz as diretrizes a serem seguidas pelos estados e municípios para criarem seus próprios planos de cultura. A adesão, porém, não é automática ou obrigatória. O MinC irá criar protocolos de adesão para esses entes federativos e então subsidiar com consultoria técnica e apoio orçamentário a elaboração desses planos.

As linguagens artísticas também irão elaborar planos para seus setores. Os colegiados setoriais ligados ao Conselho Nacional de Política Cultural serão responsáveis por isso. Música, Teatro, Dança, Circo, Museus, Culturas Populares e Culturas Indígenas já têm planos.

Os 13 princípios do PNC:

- Liberdade de expressão, criação e fruição
- Diversidade cultural
- Respeito aos direitos humanos
- Direito de todos à arte e à cultura
- Direito à informação, à comunicação e à crítica cultural
- Direito à memória e às tradições
- Responsabilidade socioambiental
- Valorização da cultura como vetor do desenvolvimento sustentável
- Democratização das instâncias de formulação das políticas culturais
- Responsabilidade dos agentes públicos pela implementação das políticas culturais
- Colaboração entre agentes públicos e privados para o desenvolvimento da economia da cultura
- Participação e controle social na formulação e acompanhamento das políticas culturais

Os objetivos do Plano Nacional de Cultura

I – reconhecer e valorizar a diversidade cultural, étnica e regional brasileira;
II – proteger e promover o patrimônio histórico e artístico, material e imaterial;
III – valorizar e difundir as criações artísticas e os bens culturais;
IV – promover o direito à memória por meio dos museus, arquivos e coleções;
V – universalizar o acesso à arte e à cultura;
VI – estimular a presença da arte e da cultura no ambiente educacional;
VII – estimular o pensamento crítico e reflexivo em torno dos valores simbólicos;
VIII – estimular a sustentabilidade socioambiental;
IX – desenvolver a economia da cultura, o mercado interno, o consumo cultural e a exportação de bens, serviços e conteúdos culturais;
X – reconhecer os saberes, conhecimentos e expressões tradicionais e os direitos de seus detentores;
XI – qualificar a gestão na área cultural nos setores público e privado;
XII – profissionalizar e especializar os agentes e gestores culturais;
XIII – descentralizar a implementação das políticas públicas de cultura;
XIV – consolidar processos de consulta e participação da sociedade na formulação das políticas culturais;
XV – ampliar a presença e o intercâmbio da cultura brasileira no mundo contemporâneo;
XVI – articular e integrar sistemas de gestão cultural.

http://www.culturaemercado.com.br/noticias/o-que-muda-com-a-aprovacao-do-plano-nacional-de-cultura/

Iphan- Mg lança livro e documentário "Mercado Central: Memórias e Perspectivas"

Obrigada a todo/as que compareceram ao lançamento e/ou enviaram felicitações!


Iphan- Mg lança livro e documentário "Mercado Central: Memórias e Perspectivas"

17/11/2010
A Superintendência do Iphan em Minas Gerais promove, nesta sexta-feira, dia 19, o lançamento do livro “Mercado Central: Memórias e Perspectivas”.
A publicação reúne depoimentos de lojistas e frequentadores do Mercado Central, instituição que completou 81 anos de existência, e é acompanhado de documentário em DVD com duração de 17 minutos.

O livro e o documentário em DVD estão Incluídos no projeto “Memória do Mercado Central de Belo Horizonte”, iniciado há três anos pela SR, com o objetivo de promover debates sobre o papel da tradicional instituição e a realização de um inventário completo, para preservar sua memória.

A realização do trabalho contou com o apoio da associação de Lojistas do Mercado Central e da Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte. Mil exemplares do livro-documentário, que não será comercializado, serão distribuídos entre lojistas do mercado, instituições culturais e bibliotecas públicas.

http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=15691&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

Raridades do Centro de Documentação da Funarte na web

Esse projeto pode nos ajudar a pensar no papel das novas tecnologias da informação no contexto da dinâmica de salvaguarda da(s) marca(s) de memória e de seus lugares.

Raridades do Centro de Documentação da Funarte na web

Andrea Lombardi | sexta-feira, 12 novembro 2010Sem Comentários

Documentos raros que remetem a diversos capítulos da história cultural brasileira podem a partir de agora ser consultados em todo o mundo via web.

Os itens, que fazem parte do acervo do Centro de Documentação e Informação da Fundação Nacional de Artes (Cedoc/Funarte), começaram a ser difundidos graças ao projeto Brasil Memória das Artes. Os resultados desse trabalho serão apresentados no dia 15/11, segunda-feira, às 20h, em São Paulo, durante o II Fórum de Cultura Digital, na Cinemateca Brasileira. Neste mesmo dia, às 18h, a coordenadora do Cedoc, Denise Portugal, participa da mesa “Digitalização de Acervos”, na qual serão apresentadas as experiências da Funarte, do Iphan, da Brasiliana e do Arquivo do Estado de São Paulo.

Criado pela Funarte e viabilizado com patrocínio da Petrobras, do Itaú Cultural e da CSN, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o projeto permitiu que fotos, filmes, desenhos, publicações, partituras, arquivos sonoros e textos fossem higienizados, acondicionados, catalogados, digitalizados e, enfim, lançados na rede.

Entre as coleções já colocadas ao alcance dos internautas, merece destaque a que se refere ao teatro de revista brasileiro e seu principal representante, o produtor Walter Pinto. Com coreografias, cenários e figurinos grandiosos, coro e orquestra numerosos, os espetáculos da companhia de Walter Pinto fizeram sucesso entre os anos 1940 e 1960 e renovaram o gênero da revista. O acervo inclui programas, textos, partituras, fotos e propagandas de espetáculos.

O material está disponível em uma área exclusiva do Portal das Artes. O espaço, que recebeu o nome do Brasil Memória das Artes, guarda materiais diversos sobre outros grandes nomes das artes brasileiras, como Cartola, Nelson Rodrigues e Augusto Boal. O conteúdo, formado por itens das coleções Foto Carlos, João Ângelo Labanca, Projeto Pixinguinha e Série Depoimentos, entre muitas outras, está contextualizada por textos e vídeos inéditos, produzidos pela equipe do Portal.

A coleção do Cedoc é ampliada constantemente, com doações de novos itens. Muitas vezes, são os próprios artistas e pesquisadores, ou seus familiares, que confiam à Funarte a salvaguarda de acervos pessoais. Devido a essa dinâmica, o Brasil Memória das Artes foi criado como um projeto de ação continuada para difusão das artes brasileiras. Ao desvelar seu acervo, que até então só podia ser consultado em visitas à Biblioteca Edmundo Moniz, no Rio de Janeiro, a Funarte oferece a pesquisadores de todo o mundo um importante instrumento de trabalho.

Os arquivos do Cedoc vêm sendo digitalizados desde 2000, mas boa parte do material ainda é inédita na web. Exemplo disso são os áudios dos shows do Projeto Pixinguinha, gravados desde 1977 e agora disponibilizados na rede. A primeira iniciativa de difusão de acervo foi feita em 2006, quando a Funarte pôs na internet o Canal Virtual, que reunia acervo sonoro e fotográfico. O final do ano de 2009 foi marcado pelo lançamento do Portal das Artes, que ampliou o acesso aos conteúdos do Cedoc e integrou os ambientes on-line da Funarte.

O evento de apresentação dos primeiros resultados do Brasil Memória das Artes também acontecerá em Brasília (22/11) e Belo Horizonte (26/11).

Para saber mais, acesse: http://www.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes

*Com informações da Assessoria de Imprensa da Funarte


http://www.culturaemercado.com.br/noticias/raridades-do-centro-de-documentacao-da-funarte-na-web-2/

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

MPF/MG recomenda que Iphan participe dos processos de licenciamento ambiental no estado

O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) recomenda que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente observem as regras de licenciamento ambiental, em especial, as que tratam de licenciamento arqueológico.

Para isso, ambos deverão consultar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) antes de emitirem qualquer licença ambiental - concessões de licenças prévias, instalação e operação de empreendimentos.

O MPF afirma que a medida é importante para a conservação do patrimônio arqueológico existente em locais onde acontecerão obras públicas e privadas. "E como o Iphan é o órgão responsável pela tomada de decisões sobre os recursos arqueológicos existentes em determinada região, processo que envolve a identificação, registro, proteção, conservação, preservação, fiscalização e difusão desse patrimônio, é óbvio que ele deve participar dos procedimentos de licenciamento ambiental", afirma a procuradora da República Zani Cajueiro.

"Ao se iniciar o procedimento de licenciamento ambiental, a pesquisa arqueológica, conforme o caso, já deve ser exigida, compatibilizando o diagnóstico com a licença prévia, a prospecção com a licença de instalação, e eventual resgate com a licença de operação."

A legislação brasileira e regulamentos de órgãos internacionais, de que é exemplo a recomendação sobre a conservação dos bens culturais da Unesco, são claros nesse sentido.

"No entanto, apesar de todo o arcabouço legal, funcionários do Iphan ouvidos pelo MPF revelaram a existência de incompatibilidades entre o número de empreendimentos com significativo grau de degradação ambiental e aqueles acompanhados pelo Iphan, bem como descompasso nas etapas do licenciamento, o que pode resultar em danos irreparáveis ao patrimônio arqueológico. Não podemos esquecer que Minas Gerais talvez seja, entre os estados brasileiros, o mais rico em sítios arqueológicos, o que por si só demonstra a imprescindibilidade dessa atuação conjunta", diz a procuradora.

Crime

Segundo o MPF, foi concedido prazo de dez dias úteis para que os órgãos informem o acatamento da recomendação. O MPF ainda lembra que, para a concessão da licença prévia, é preciso à conjugação de vontades de mais de um órgão administrativo, chamado de ato administrativo complexo.

"Por isso, quando os órgãos ambientais federais e estaduais deixam de ouvir o Iphan no processo de licenciamento ambiental, eles incorrem em grave irregularidade e assumem a responsabilidade por eventuais danos, normalmente de natureza irreparável, que venham a ocorrer sobre o patrimônio arqueológico."

De acordo com o MPF, a autorização ou permissão de licença prévia em desacordo com as normas ambientais enquadra o emissor na Lei de crimes ambientais, com penas que chegam a três anos de prisão.

"O objetivo da recomendação é evitar que, pela falta de cumprimento das leis, bens culturais sejam expostos a risco ou se percam irremediavelmente, porque o patrimônio arqueológico, ao contrário de outros tipos de bens, é de tal natureza que, se destruído, jamais será recuperado", ressalta Zani Cajueiro.

AMDA - Associação Mineira de Defesa do Ambiente - 16/11/2010.

Patrimônio cultural imaterial em debate na África

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan participa da quinta reunião do comitê intergovernamental da Unesco para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial que acontece dos dias 15 a 19 de novembro na capital Nairobi, no Quênia, país da África subsaariana. O Comitê analisa tanto os pedidos de registro na lista do patrimônio imaterial da humanidade, quanto os que necessitam de medidas urgentes de salvaguarda.

Na pauta do encontro estão temas como: os critérios de listagem e definição do termo "emergência" aos pedidos de assistência internacional, a criação de um órgão consultivo para considerar as candidaturas em 2011 de bens que necessitam de ajuda internacional urgentes de salvaguarda, bem como propostas para o registo das melhores práticas e os pedidos de assistência internacional.

Representam o Iphan as diretoras do Patrimônio Imaterial, Marcia Sant´Anna, e de Articulação e Fomento, Marcia Rollemberg.

O que é patrimônio Imaterial

A Constituição Federal de 1988, nos artigos 215 e 216, estabeleceu que o patrimônio cultural brasileiro é composto de bens de natureza material e imaterial, incluídos aí os modos de criar, fazer e viver dos grupos formadores da sociedade brasileira. Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas e nos lugares, tais como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas.

Essa definição está em consonância com a Convenção da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, ratificada pelo Brasil em 1° de março de 2006, que define como patrimônio imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural".

Enraizado no cotidiano das comunidades e vinculado ao seu território e às suas condições materiais de existência, o patrimônio imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado e apropriado por indivíduos e grupos sociais como importantes elementos de sua identidade.
17/11/2010
Fonte: Ascom

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Seis novos bens entram na lista de Patrimônio Cultural do Brasil

 
05/11/2010
Conselho esteve reunido para discutir propostas de tombamento e registro como Patrimônio Cultural do Brasil
 
Os seis bens avaliados pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, nesta quinta e sexta–feira (5 e 6), no Rio de Janeiro, foram tombados ou registrados como patrimônio Cultural do Brasil. A partir de agora, o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro que envolve mais de 22 etnias indígenas do Amazonas, e o Ritual Yaokwa do povo indígena Enawene Nawe, no estado do Mato Grosso terão proteção federal. Além destes, entraram na lista de bens preservados a paisagem cultural de Santa Tereza, no Rio Grande do Sul, do conjunto urbanístico e paisagístico da cidade de São Félix, na Bahia, do Encontro das Águas dos Rios Negro e Solimões, no Amazonas, e do Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial, no Rio de Janeiro.
Este ano, o Conselho Consultivo já esteve reunido outras duas vezes. Na primeira, em março, foram aprovados o registro da Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, em Goiás, e o tombamento da Vila Serra do Navio, no Amapá. Já no mês de junho, os conselheiros aprovaram o tombamento dos Lugares Sagrados dos Povos Indígenas do Alto Xingu, no Mato Grosso, os Bens da Imigração Japonesa, em São Paulo, e o Teatro Oficina, também no estado paulista.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural que avalia os processos de tombamento e registro, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e da sociedade civil.
Saiba mais sobre os novos patrimônios culturais brasileiros.
Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro – AM
Ainda hoje no Brasil, um sistema agrícola é capaz de determinar a organização social de etnias e permite, inclusive, um mapeamento das línguas e costumes. Em linhas gerais, esse é o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, entendido como um conjunto formado por elementos interdependentes, como as plantas cultivadas, os espaços, as redes sociais, a cultura material, os sistemas alimentares, os saberes, as normas e os direitos. O cultivo da mandioca brava (manihot esculenta) é a base desse sistema que reúne os mais de 22 povos indígenas que vivem ao longo do Rio Negro, em um território que abrange os municípios de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, até a fronteira do Brasil com a Colômbia e a Venezuela.
Ritual Yaokwa do Povo Indígena Enawene Nawe
O Ritual Yaokwa é a mais longa e importante celebração realizada por esse povo indígena, atualmente uma população em torno de 540 indivíduos que vivem em uma única aldeia, na terra Enawene Nawe uma área de 742 mil hectares, homologada e registrada, localizada numa região de transição entre o cerrado e a floresta Amazônica, no estado do Mato Grosso. Com duração de sete meses, este ritual define o início do calendário ecológico-ritual Enawene que abrange as estações seca e chuvosa de um ciclo anual marcado pela realização de mais três rituais: Lerohi, Salomã e Kateokõ. Parte fundamental do Yaokwa ocorre quando os homens saem para a pesca de barragem, construídas com sofisticadas armações que se configuram em elaboradas obras de engenharia, dispostas de uma margem à outra do rio. Este é o ponto alto do ritual que começa em janeiro, com a coleta das matérias-primas para a construção das barragens e com a colheita da mandioca.
Paisagem cultural em Santa Tereza - RS
Localizada às margens do Rio Taquari e do Arroio Marrecão, Santa Tereza conta cerca de 570 moradores que habitam as 250 casas do núcleo urbano. Os outros quase 1,5 mil habitantes moram na área rural. A partir de 1887, os lotes foram distribuídos entre os colonos. Desde essa época a cidade destaca-se pela diversidade e a alta produtividade da agricultura desenvolvida em terras consideradas as mais férteis do estado. Ainda hoje a comunidade tira o sustento da lavoura. Entre os núcleos gaúchos, Santa Tereza é o mais singelo e também o mais íntegro do ponto de vista da ocupação urbana já que mantém quase intactas as características originais do seu traçado.
Encontro das Águas dos Rios Negro e Solimões - AM
Os mais de 10 quilômetros em que é possível observar as águas escuras e transparentes do Rio Negro correndo ao lado das águas turvas e barrentas do Rio Solimões, no Amazonas, podem se tornar o mais novo bem protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan no norte do país. O Iphan defende a proposta em função da excepcionalidade do fenômeno, considerando seu alto valor paisagístico.
Centro histórico de São Félix - BA
A cidade de São Félix, no Recôncavo Baiano, se estabeleceu, no século XVI em função da expansão do porto de Cachoeira como o ponto de partida da Estrada das Minas, importante rota comercial que seguia para Rio de Contas, na Bahia, e para os estados de Minas Gerais e Goiás. Ainda hoje mantém a trama urbana original praticamente intacta. Também é espaço de manifestações culturais, sobretudo religiosas, da população local e mantêm uma interação histórica, urbanística e paisagística com a cidade de Cachoeira, situada na outra margem do Rio Paraguaçu.
Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial - RJ
Conhecido como Monumento aos Pracinhas, localizado no Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, foi construído entre 1957 e 1960 e projetado pelos arquitetos Marcos Konder Netto e Hélio Ribas. O conjunto é integrado por três obras: uma escultura de metal homenageando a força aérea brasileira, outra em granito que homenageia os pracinhas das três armas e um painel de azulejos destacando os combatentes e os civis que morreram em operações navais. Simbolicamente, o Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial, estiliza duas palmeiras amparando mãos que levam até o céu nossos pracinhas mortos em combate, cujos 468 túmulos se localizam no subsolo.
Mais informações
Assessoria de Comunicação Iphan
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
Daniel Hora – daniel.hora@iphan.gov.br
Mécia Menescal – mecia.menescal@iphan.gov.br
(61) 2024-6187 / 2024-6194
(61) 9972-0050
www.iphan.gov.brwww.twitter.com/IphanGovBr

Fonte: Ascom

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tombamento do encontro das águas

Iphan: encontro dos rios Negro e Solimões é tombado

Agência Estado
Publicação: 04/11/2010 18:44 Atualização: 04/11/2010 18:50

 (Fabiana Leite/Divulgação)

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou nesta quinta-feira o tombamento do Monumento aos Mortos da 2ª Guerra Mundial, no Rio de Janeiro, e o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, no Amazonas.

Segundo a assessoria do instituto, dois escritórios jurídicos com sede no Rio entraram no dia 27 com duas impugnações contra o processo de tombamento do Encontro das Águas, pois representavam empresas que pretendiam construir portos no local. A impugnação foi considerada improcedente pelo Iphan.

A decisão foi tomada pelo Conselho Consultivo do instituto, que é formado por 22 integrantes além do presidente, Luiz Fernando de Almeida. Fazem parte do conselho integrantes do Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e da sociedade civil.

Encontro das águas

Segundo a decisão, ficam protegidos os dez quilômetros contínuos do encontro das águas pretas do rio Negro e das barrentas do Solimões, além de trinta quilômetros quadrados em seu entorno. O fenômeno forma o rio Amazonas.

A empresa que estava construindo o Porto das Lajes, projeto orçado em R$ 22 milhões a 2,4 quilômetros do fenômeno, entrou com questionamentos ao tombamento, mas as impugnações foram rejeitadas. A obra está parada desde junho, por falta de licenciamento ambiental do órgão estadual. O tombamento, contudo não inviabiliza a obra, mas faz com que qualquer construção na área tombada seja obrigatoriamente autorizada pelo Iphan, além do já necessário aval de órgãos ambientais.

Conforme o texto do tombamento, "toda nova intervenção que possa interferir nos valores arqueológicos, etnográficos e paisagísticos do bem deverão passar pela avaliação prévia do Iphan". A área delimitada pelo tombamento abrange a Ilha de Xiborena, a comunidade Terra Nova, além dos bairros Mauazinho e Colônia Antonio Aleixo, o Lago do Aleixo e matas próximas.

Serão avaliadas na próxima sexta-feira as propostas de tombamento do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, que envolve 22 etnias indígenas do Rio Negro, o ritual Yaokwa do povo indígena Enawene Nawe, no Mato Grosso, e a paisagem natural de Santa Tereza, no Rio Grande do Sul.

http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2010/11/04/interna_nacional,190501/iphan-encontro-dos-rios-negro-e-solimoes-e-tombado.shtml

Arthur Bispo do Rosário - Da coleção de seu universo à arte contemporânea


"Graças ao potencial das coleções de recolher as coisas e salvá-las da dispersão através do deslocamento, ela assume inclusive uma função de arquivo, de dimensão memorialística, convertendo-se numa espécie de antídoto contra o esquecimento ou, como bem a definiu Philipp Blom, em 'um teatro da memória, uma dramatização e uma mise-en-scène de passados pessoais e coletivos, de uma infância relembrada e da lembrança da morte'." (MACIEL, 2009. 27-28) 
A partir dessa citação retirada do texto "Do inclassificável e das classificações" de Maria Esther Maciel, no qual a autora discute sobre a classificação e as coleções, remeto-me à obra de Artur Bispo do Rosário, que 
"criou, ao longo de cinquenta anos, um mundo novo. Miniaturas, mantos, estandartes brotaram de suas mãos, ganharam cor, deram um sentido à sucata recolhida, aqui e ali, pelos internos e funcionários do asilo psiquiátrico" (HIDALGO, 1996).